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domingo, 6 de fevereiro de 2011

"A sala de aula".

A sala de aula é um lugar opressor?

Vejamos o que diz José Carlos Souza Araujo, à questão da sala de aula como lugar, a um só tempo político e pedagógico, o discurso contra o poder é articulado tendo em vista a realização de um trabalho pedagógico preocupado com a exploração  e a dominação, exercidas por uma classe. Trata-se de lidar com as contradições de classe, vale dizer com os oprimidos contra os opressores. E a sala de aula é um espaço disponível para isso, que precisa ser aproveitado. A superação das contradições de classe significa libertação. O trabalho pedagógico em sala de aula, se não tiver isso em mira, é opressivo, a-politico e a-crítico.
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4 comentários:

  1. Oi Suzy, quando li essa postagem, logo me veio a lembraça das nossas discussões nas aula de currículo. Creio que a sala de aula colocada como "lugar opressor" não faz referência apenas a métodos ou metodologias, está ligado diretamente à questões de organização, de política, de massa de manobra, essa é uma realidade cruel que enfrentamos no nosso dia-a-dia e que teremos que manejar quando exercemos a docencia ressaltando que desde já possuimos recursos indiretos para tentar modificar esta situação de opressão.

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  3. Nós futuros pedagogos, temos que nos policiar para não agirmos como demagogos, afinal falar que não seremos opressores é fácil, o difícil é quando estivermos na sala de aula,agirmos reflexivamente,é imprescindível demonstrar afetividade,exercitar a empatia e valorizar a criança,sempre objetivando se desvencilhar ao máximo dessa educação arcaica.

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  4. Olá Suzy,

    Se a sala de aula é um lugar opressor? Bem, penso que isso seja relativo, ou seja, depende muito da visão da escola e da postura do professor. Se o professor não entende o papel dele enquanto educador, penso que essa sala de aula realmente será opressiva - embora saibamos que a "rede", como diz o prof. Alfredo, faz de tudo para que isso aconteça.
    Contudo, se o professor age de forma reflexiva, logo deixará de ser oprimido e essa opressão com certeza terá menos força dentro da sala de aula.
    Para refletirmos, deixo duas citações de Freire:

    Se a possibilidade de reflexão sobre si, sobre seu estar no mundo, associada indiscutivelmente à sua ação sobre o mundo, não existe no ser, seu estar no mundo se reduz a um não poder transpor os limites que lhe são impostos pelo próprio mundo, do que resulta que este ser não é capaz de compromisso. É um ser imerso no mundo, no seu estar, adaptado a ele e sem ter dele consciência (...)". (Freire)

    "(...) Por isto é que somente os oprimidos, libertando-se, podem libertar os opressores. Estes, enquanto classe que oprime, nem libertam, nem se libertam." (Paulo Freire).

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